Os trabalhos monográficos constituem
parte importante da formação dos acadêmicos, sejam eles estudantes de
graduação ou de pós-graduação.
Por esse motivo, necessitam de rigor metodológico e não podem ser submetidos à pura espontaneidade criativa de quem os elabora (Medeiros e Tomasi, 2008).
Assim,
os aspectos metodológicos – instrumentos utilizados para dotá-los de
tal modelagem – ganham progressivamente mais relevância à medida que o
pesquisador vai se familiarizando com as normas e especializando-se no
ato de pesquisar (Vianna, 2001).
O percurso é o mesmo, diferenciando-se no propósito da investigação e no apuramento do método científico.
Enquanto
os cientistas trabalham para fazer avançar o conhecimento científico,
os estudantes buscam aprimorar-se gradativamente nas técnicas de
pesquisa, seguindo as regras da metodologia científica.
Ambos trabalham de maneira científica, isto é, seguem alguns princípios científicos básicos:
– o objeto de estudo escolhido precisa ter uma definição clara, a ponto de ser reconhecido pelos outros;
– o estudo deve apresentar algo que ainda não tenha sido dito ou, então, rever o assunto de uma óptica diferente;
–
deve fornecer elementos que comprovam as hipóteses apresentadas de modo
a permitir que outros continuem pesquisando, para confirma-las ou
contestá-las; e
– ser de utilidade aos demais.
Por
essa perspectiva as monografias cumprem importante papel
didático-pedagógico, pois dão ao estudante a oportunidade ímpar de
descobrir a ciência e dominar, progressivamente, o método e as
diferentes técnicas para desenvolvê-la.
Os
trabalhos monográficos referem-se a um tipo de específico de produção
científica e são caracterizados pela abordagem de um único tema.
Em seu sentido etimológico, mónos, do grego, significa “um só”, e grapheim, “escrever”.
Portanto,
para elaborar uma monografia é necessário escolher um objeto de estudo,
aprofundar-se nele com a objetividade de um pesquisador, alcançando uma
profundidade de acordo com o o grau de exigência que o nível acadêmico
requer (Cervo e Silva, 2006).
Dessa maneira, o mesmo estilo de trabalho pode ser utilizado pelo estudante de graduação, de pós-graduação lato sensu e stricto sensu,
ou mesmo por pesquisadores profissionais, sendo o diferencial a
qualidade e a complexidade do trabalho produzido, uma vez que se espera
maior aprofundamento e autonomia acadêmica dos mais experientes.
A
ideia de monografia limita-se a um tema específico, o mais restrito
possível. Um primeiro conselho é evitar abordar muitos assuntos (Medeiros e Tomasi, 2008).
Depois
de escolher uma área ou tema, busque a localização de um ponto a ser
explorado. Procure definir circunstância, tempo, espaço e área.
Um trabalho científico precisa ser substanciado, defendido, argumentado. Fica difícil fazê-lo em termos genéricos.
Quanto mais se limita o tema/assunto, mais segurança o autor transparecerá.
Em
uma sociedade cada vez mais exigente e dependente de conhecimento
científico e tecnologia, a atividade de pesquisa adquire fundamental
importância, pois é por meio dela que o estudante inicia sua caminhada
em direção à autonomia acadêmica – recurso imprescindível ao
pesquisador.
No mercado de trabalho,
as técnicas de pesquisa podem ser um diferencial do profissional no
momento de apresentar uma proposta, de elaborar projetos e relatórios.
O método científico é um roteiro seguro para pensar sobre todos os assuntos e não apenas para fazer pesquisa (Vianna, 2001).
Quem aprender a pensar como cientista e a usar o método científico possui raciocínio mais objetivo e rigoroso.
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